TABAGISMO

 

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QUANDO O DOENTE VIVE MELHOR QUE O NÃO-DOENTE! 
                        - PARTE SEGUNDA-

From: rbrd_redacaoshm@hotmail.com
To: medicina1986-UFRGS@provedor.com
Date: Tue, 5 Jul 2011     01:08:18 +0000

Aos meus amigos-médicos e TODOS os demais internautas,   
o importante agora é considerar que o silêncio é valioso pa-
ra  93%  das pessoas, desprezando ser eu da minoria. 
       E o que me disse o paciente hoje? 
       Que com o aparelho, ele é obrigado a ouvir o barulho  
dos carros, os buzinaços, as vozes das pessoas até por gri-
tos, apitos de guardas, garrafas caindo, chatos falando, te-
lefones tocando quando não se quer, barulho excedente 
dos netos em casa, e até da esposa que não pára de falar... 
        Aí disse a ele que é assim mesmo que as coisas funci-
onam, que é assim mesmo que eu escuto todos os dias e o 
dia todo. Então ele comentou 'que inferno'!.  
       Foi aí que, pela primeira vez, percebi que a vida dele 
sem o aparelho é estar em um bosque, mesmo que dentro 
da cidade. E não é isto que todo mundo quer? Se for, ele é 
feliz por não ouvir e eu um infeliz por ouvir. 
       Está certo que ele perde em convivência social, está cer-
to que ele corre maiores riscos por não ouvir uma freiada  e
que o atingiria, está certo que a falta de estímulo auditivo vai 
proporcionando hipotrofia da área da audição no cérebro;mas 
é certo também que ele está vivendo no céu, em meio ao in-
ferno. 
       Como convencê-lo de fazer o contrá rio, isto é, de vir pa-
ra o nosso inferno.  Ou ninguém nunca ouviu falar em polui-
ção sonora? 
       Não estou me referindo, por exemplo, àquele que tem u-
ma hipoacusia profunda, mas de uns 50% por exemplo; embo-
ra já tenha ouvido queixa similar de surdos-surdos, que prefe-
riam não ouvir à ficar usando prótese auditiva. 
      Claro que também se depende da qualidade do aparelho, 
mas o raciocínio transcende este senão.
      Como convencer uma pessoa normal, que viveu sempre 
na Chácara das Pedras, a comprar aquele apartamentoonde 
eu morava, e de onde só eu gostava?
       Isto posto, fica ainda mais ridículo sustentar que é me-
lhor ser cego do que ser surdo. Será que o tolo, que o con-
trário preconiza, não encherga isto?
       Ainda tem mais sobre isto tudo, na sequência.
Ricardo Bing Reis.