NEUROCIÊNCIA

 

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DISTÚRBIOS SENSORIAIS DA AUDIÇÃO E VISÃO DE ORI-
GEM MISTA NO CÉREBRO DO IDOSO.
                      - PARTE TERCEIRA -
 
From: redacaoshm@hotmail.com
To: medicina1986-UFRGS@provedor.com.br
Date: Sat. Nov. 05/2011        00000000 
 
Aos nossos amigos-médicos e TODOS demais internautas,
os vasos sangüíneos, felizmente, estão espalhados pelo
corpo todo, as vasculopatias, infelizmente, podem compro-
meter o corpo inteiro.
     Na prática, não é bem assim que as coisas acontecem;
órgão aqui e ali tendem a estar comprometidos, mas, por
questão de lógica, ao se fazer diagnóstico em certo órgão,
convém fazer uma investigação sistêmica suficiente de vas-
culopatias em outros órgãos mais suceptíveis.
     São os chamados 'órgãos-alvo'. A rigor, todos podem 
ser 'órgãos-alvo', mas alguns em particular, até por seus
graus de vitalidade.
     A Natureza nos fez de tal forma que os órgãos mais no-
bres ficassem em cima, sendo no topo, o cérebro, que, em
última instância, é, por si só, n ós próprios.
     Assim, vamos exemplificar, na seqüência, tais órgãos,
de baixo para cima:
     1- Membros Inferiores:  sua má vascularização por vas-
culopatia pode causar claudicação intermitente se diminui-
ção vascular não totalmente crítico; podendo evoluir para
trombose e consequente infarto daquela área do membro
inferior dependente daquele sangue que deixou de chegar.
É o infarto com necrose, por exemplo, dos dedos e pés de
diabéticos. Da trombose também podem derivar êmbolos
correm aos pulmões, causando as graves e, não raro, fa-
tais embolias pulmonares;
     2- Rins: a formação de uma placa de ateroma (de gor-
dura), reduz aporte da sangue a este rim, que reage por
desencadeamento de substâncias vasoconstritoras, cau-
sando crises hipertensivas. É a isquemia renal;
     3- Intestino: os vasos do peritônio também podem is-
quemiar e necrosar alças intestinais;
     4- Coração: todos conhecem a palavra isquemia. É
a diminuição do aporte sangüíneo a determinado órgão,
com consequente má oxigenação do mesmo. Se tal bai-
xa for aquém do mínimo necessário, temos o resultado
extremo, que é a morte tecidual, denomiado infardo. A-
gora, basta colocar depois, o nome do órgão atingido. 
Neste caso específico, e mais conhecido, teremos a pla-
ca de ateroma (de gordura) causando isquemia cardíaca
e que, se crítica, leva ao infarto cardíaco ou infarto do mi-
ocárdio;
     5- Carótidas e cérebro: a placa de ateroma pode es-
tar nas artérias carótidas e vertebrais, que nutrem o cé-
rebro. Daqui, provém a isquemia e, quiçá, o infarto cere-
bral. Isto é medicamente considerado um acidente; um
'acidente vascular cerebral (AVC) do tipo isquêmico', ou
AVC isquêmico e que pode evoluir ao AVC por infarto ce-
rebral. Já, no cérebro, temos outra particularidade: pe-
quenas artérias partem de uma grande e tal 'esquina'
se fragiliza pela passagem constante do sangue sob pres-
são no hipertenso. E rompem, 'vasando' sangue para den-
tro do parênquima do cérebro. É o 'derrame cerebral', no-
me popular para AVC hemorrágico, muitíssimo frequente-
mente fatal, ou no mínimo, causador de graves sequelas.
Ricardo Bing Reis.