CONDUTAS FRENTE AOS DISTÚRBIOS SENSORIAIS DA
AUDIÇÃO E VISÃO NO CÉREBRO DOS 'ADULTOS JOVENS'.
- PARTE SEGUNDA -
From: redacaoshm@hotmail.com
To: medicina1986-UFRGS@provedor.com.br
Date: Sat. Nov. 05/2011 0000000
Aos nossos amigos-médicos e TODOS demais internautas,
no email anterior, eu estava comentando que, em se tra-
tando de audição, pode-se ilustrar a surdez sendo causa-
da por ruídos ambientais como em certas fábricas.
É o trauma acústico, certa doença ocupacional. Outro
exemplo é um distúrbio genético chamado otospongiose.
Em se tratando de visão, citei, apenas para ilustrar, o glau-
coma e doenças da retina.
Tendo-se tratado a etiologia da melhor forma possível,
faz-se uma reavaliação da perda auditiva ou visual resul-
tante após o tratamento; sendo possível uma remissão to-
tal da perda sensorial, parcial, nenhuma alteração ou até
piora, pois ás vezes o tratamento exige que se sacrifique
o sensório para sanar-se uma doença que compromete a
vida da pessoa; ou algo parecido.
E agora, finalmente, como fazer para melhorar a parte
funcional? Como fazer para reestabelecer o máximo pos-
sível da atividade sensorial?
São várias as formas. As mais corriqueiras, mais popu-
lares, são a prótese auditiva/aparelho de audição e, em
se tartando de visão, óculos; dentre outras formas.
Por que digo que são tão importantes? Não só para ou-
vir o romântico piu-piu dos passarinhos lá fora, mas tam-
bém para melhor participar das conversas e o convívio so-
cial no casamento, n a família, para com os amigos ou quais-
quer outras pessoas. Isto é lugar comum.
Na visão, não é só para ver romanticamente os passari-
nhos,mas para ver os seus a fim de melhor conviver.
Mas o principal motivo, não é um lugar tão comum; nem
para a audição, nem para a visão.
Trata-se da manutenção da vitalidade cerebral. Ora, se
a diminuição dos estímulos sensoriais causam atrofia das
respectivas áreas cerebrais, o reestabelecimento dos estímu-
los sensoriais por aparelho de audição ou uso de óculos/lentes,
traz, felizmente, o efeito inverso: uma recuperação das áreas
cerebrais, muitas vezes à um nível de normalidade, ou muito
próximo disto.
Assim, já que o cérebro é como se fosse uma 'teia de ara-
nha eletrificada', a recuperação das áreas, traz a volta da es-
timulação cerebral como um todo, ou tendendo a isto.
Todas as funções cerebrais tendem a 'ganhar' com isto,a-
té a memória. Isto pode parecer imperceptível no dia a dia,
mas a lógica reza que ocorra, podendo fazer a diferença lá
adiante, na velhice.
Ricardo Bing Reis.