CONJECTURAS PARA O FUTURO FRENTE AOS SORRATEI-
ROS E TRAIÇOEIROS INIMIGOS DA SUA VIDA ('STISV').
- PARTE QUARTA -
From: redacaoshm@hotmail.com
To: medicina1986-UFRGS@provedor.com.bR
Date: Sat. Nov. 05/2011 00000000
Aos nossos amigos-médicos e TODOS demais internautas,
comentei que em 1900, a espectativa média de vida de um
cidadão europeu de boas condições de vida era de aproxi-
madamente 40 anos. E, para aquele de países 'sub-desen-
volvidos', aproximadamente 30 anos.
Também comentei que podemos ter uma surpresa. Ao in-
vés de evoluir para 100 anos ou mais em 2050, talvez tenha-
mos uma surpresa: um 'retrocesso relativo' por estagnação
da espectativa de vida em aproximadamente 80 anos.
Comentei que nossos pais, que estão pelos 80 anos, tive-
ram uma vida menos industrializada que a nossa que beira-
mos os 50 anos.
E completei sobre o estresse, que na época deles era bem
menor, tanto no trabalho, onde a pressão por metas era me-
nor, quanto no cuidado da família. Na nossa infância, podía-
mos brincar sozinhoa aos 10 anos de idade pois a criminalida-
de para com as crianças era mínima. Hoje é grande, desde a
pedofilia até sequestros, neste mundo maluco. Desta forma,
o cuidado dos filhos agregou o papel de guarda-costa; e, não
podendo deixá-los so zinhos, caracterizando brincadeiras esti-
lo 'pais-monitoradas' por 'pais-vigilantes', resulta que surgem
os 'pais-recreacionistas'. Por melhor que seja para convivên-
cia, e o é, pode tornar-se um fator a mais de estresse, justo
no momento em que se esperaria o desestressamento.
Não bastasse, principalmente por volta dos 50, surge fato
novo. Nossos pais, que nos cuidaram 20 anos; envelheceram
e também exigem nossa atenção por 30 anos. Nunca antes is-
to ocorrera, pois os pais tendiam a morrer por volta dos 60, e,
com isto, passamos a ter atribuições familiares duplas. São
2 famílias a zelar, a descendente (filhos) e a ascendente (pa-
is). Sendo que o ascendente tende a vir recheado de doenças.
É assim pelo menos para aqueles que se importan com su-
as famílias, nos 2 sentidos vetoriais. Há, e como, aqueles que
não estão nem aí, quer para uma, quer para outra.
É o estresse familiar duplo que se agrega ao laboral. O fami-
liar exige dinheiro, e muito nos dias atuais, já que um filho cus-
ta boa soma mensal, em colégios, cursos, esportes, arte. Além
de transportes para eles, etc. Fruto do mundo competitivo, que
exige um preparo neurótico (e caro) de nossas crianças. E este
é mais um diferencial que não existia nestas proporções para os
nossos pais.
É o exterminador estresse da inadequada e insalubre vida
moderna. Esta, lhe engana, te oferecendo o consumismo como
presente para suas frustrações. Não resolve e, ainda pior, é co-
mo uma maçã envenenada.
Ora, se a frustração é irmã da infelicidade, saiba que esta
gera angústia que, pela psicossomatização, desencadeia mais
estresse ainda, formando aquele círculo vicioso que citei antes.
E, se isto posto está correto, concluo que infelicidade mata.
Continua ainda uma vez.
Ricardo Bing Reis. |